Review: smartphone BlackBerry Q5

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(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

A BlackBerry não está em sua melhor fase financeira, mas isso não quer dizer que ela não pode dar a volta por cima e fazer bonito. Pensando em uma forma de agradar ao público que sempre demonstrou interesse em seus aparelhos, a fabricante lançou no ano passado o BlackBerry Q5.

Recebemos um smartphone para verificarmos todos os benefícios que ele tem a oferecer. O Q5 é um modelo com teclado físico que vem equipado com processador Snapdragon, câmera de alta qualidade e o sistema BlackBerry 10.

Este celular visa atender a um mercado bem específico, portanto não aplicamos critérios tão severos na hora de avaliar alguns pormenores. De qualquer forma, nosso objetivo é trazer sempre a verdade para o consumidor — sendo assim, vamos comentar sobre cada vantagem e desvantagem do produto. Como de costume, primeiro vamos conferir as especificações:

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

Aprovado

Desempenho exemplar

Equipado com processador Snapdragon de dois núcleos, uma quantidade generosa de memória RAM e um chip gráfico razoável, este gadget tem tudo para oferecer uma experiência agradável ao usuário que está embarcando pela primeira vez no sistema BlackBerry.

Quem nunca usou um BlackBerry não faz ideia da agilidade que o sistema oferece e a história não é diferente com o BlackBerry Q5. O aparelho abre os aplicativos com muita rapidez, alterna entre apps sem dificuldades e processa as informações instantaneamente.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

Durante nossos testes, não notamos nenhuma engasgada no sistema ou nos apps. Rodamos jogos como Let’s Golf 3, Iron Man 3 e Minion Rush. Em todos os games, o produto mostrou boa qualidade visual e manteve o desempenho satisfatório.

Passear no Facebook, rodar vídeos no YouTube (que abrem dentro do navegador), criar mensagens e navegar na web são atividades muito tranquilas. O sistema é fluido e se acostumar com a interface é bem fácil. Certamente, o Q5 capricha na primeira impressão, garantindo bons resultados para quem nunca usou um BlackBerry.

Tela de alta qualidade

Quem está acostumado com os Androids, iPhones e Windows Phones pode estranhar o display do BlackBerry. A tela quadrada é um bocado esquisita no começo, mas isso é apenas uma questão de costume. Os apps são todos adaptados para caber no espaço disponível, evitando que as interfaces sejam esticadas ou cortadas.

A tela sensível ao toque responde bem aos comandos. A reprodução de imagens e vídeos é fantástica. O display de IPS é fiel às cores e tem uma regulagem de brilho excelente, garantindo boa visualização do conteúdo. Mesmo em ângulos extremos, o visor não distorce as cores. A resolução é muito boa para uma tela de pequeno porte.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

Apesar do espaço limitado, os ícones e elementos na tela são grandes e garantem que o usuário possa interagir facilmente com quaisquer apps. Navegar na interface principal e executar os gestos de ações é moleza.

O bom e velho teclado

O teclado físico já não é um recurso tão requisitado pelos consumidores, mas a BlackBerry vê importância em manter a tradição e oferecer gadgets que facilitem a vida daqueles que necessitam digitar com rapidez e não estão acostumados com os teclados virtuais. Nisso, não há o que argumentar, afinal a proposta do aparelho é sólida e existe um mercado interessado.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

A funcionalidade do teclado é perfeita. Adotando o layout QWERTY e trazendo um padrão inteligente de caracteres, o dispositivo de digitação é fácil de compreender e certamente pode garantir velocidade na hora de compor textos extensos. Com teclas firmes e bem espaçadas, a digitação fica bem fácil e com um pouco de prática dá para ficar craque. O único problema é para quem tem dedos gordos.

Compatível com apps de Android

Aquela velha desculpa de que o BlackBerry não tem muitos apps não cola mais, visto que o sistema é compatível com alguns softwares de Android. Para garantir que isso não é apenas um mito, baixamos alguns programas para testar no BlackBerry Q5. Todo o processo de instalação foi realizado no PC com o uso do PlayBook App Manager.

O Netflix funcionou perfeitamente. Pudemos assistir aos filmes em alta qualidade e aproveitar os conteúdos com legendas de tamanho razoável. Por se tratar de um app para Android, a falta de botões físicos acabou complicando a usabilidade, mas não é impossível utilizar as funções do aplicativo. O tamanho da tela prejudica a diversão, mas dá pra quebrar um galho.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

O tão cobiçado Instagram também foi instalado com sucesso e abriu normalmente. Todavia, por se tratar de uma versão antiga, não conseguimos efetuar o login na rede social de fotos. Esse problema, na verdade, deve ocorrer constantemente, visto que os apps de Android não são instalados através da loja e requisitam atualizações manuais.

Registrando momentos em altíssima qualidade

Não é porque estamos tratando de um smartphone voltado ao público corporativo ou a usuários que preferem um teclado físico que isso implica que os demais componentes devem ser deixados de lado. A BlackBerry caprichou na lente do Q5. A câmera registra as fotos com um nível de definição impressionante.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

O foco automático é muito rápido. A estabilização de imagem garante que as fotos dificilmente saiam tremidas. O balanço de brancos e o contraste são bem equilibrados. As imagens com resolução de 5 MP ficam muito nítidas. Enfim, não se trata de uma câmera profissional, tampouco da melhor câmera para celulares, mas os resultados são satisfatórios.

Energia de sobra

Quando recebemos o Q5, ficamos um bocado decepcionados com o desempenho energético da bateria. Todavia, para garantir que não havia algum problema, fizemos uma restauração e carregamos a bateria totalmente para fazer mais um teste.

Com o aparelho resetado, pudemos conferir todo o potencial que a BlackBerry garante. Para realizar nossos testes, reproduzimos um vídeo na Netflix (que exige que o adaptador WiFi esteja ligado constantemente) até que 10% da bateria fosse drenada.

Resultado: a bateria do Q5 conseguiu dar conta de 36 minutos, o que nos leva a crer que é possível assistir a 6 horas de vídeo até que toda a energia se esgote. É claro que o tempo de bateria varia conforme a atividade, mas acreditamos que ela não vá decepcionar em nenhuma situação, mesmo que você rode muitos games 3D no celular.

Reprovado

Não é para entretenimento

Ainda que tenha uma configuração de hardware boa e a tela ofereça imagens nítidas, podemos dar a certeza de que este aparelho não serve para quem gosta de assistir a filmes no portátil. Por conta da tela quadrada (a proporção é de 1:1), não há jeito que fique bom para conferir vídeos no YouTube ou na Netflix.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

As bordas na parte superior e inferior incomodam, mas isso não seria um problema se a imagem fosse um pouco maior. Podemos dizer que dá para conferir um ou outro vídeo, mas dá certa agonia tentar acompanhar toda uma série de TV na tela do BlackBerry Q5.

Fones péssimos

O áudio do BlackBerry Q5 não é um primor, mas os alto-falantes reproduzem os sons com bom nível de volume e raramente distorcem o áudio. Acontece que nem todo mundo costuma ouvir músicas e ver vídeos usando os componentes acústicos instalados no aparelho.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

Para quem busca privacidade, a BlackBerry envia no pacote fones de ouvido próprios. Infelizmente, esse acessório é de péssima qualidade. Além de ser de um plástico bem fraco, o modelo agride os ouvidos com o tamanho exagerado. O volume não é baixo, mas a reprodução de graves e agudos deixa a desejar. Sinceramente, é melhor usar um fone de outra marca.

Preço salgado

O BlackBerry Q5 mostrou diversas qualidades interessantes, o que nos leva a concluir que ele é um produto bom para a maioria das atividades. Apesar de ter um público bem específico, geralmente o corporativo, isso não justifica que o aparelho seja comercializado por um valor exorbitante.

Em nossas pesquisas, verificamos que o preço médio do celular fica próximo dos 1.200 reais. Sinceramente, não vale a pena investir tanto em um gadget que vai te limitar tanto, porque, mesmo oferecendo compatibilidade com alguns apps de Android, você não terá muitos apps nativos que sejam realmente úteis.

Vale a pena

No fim das contas, o BlackBerry Q5 acabou nos agradando, mas não o suficiente para garantir nossa aprovação. Há poucos pontos a serem reprovados no produto, mas certamente o preço acaba assustando qualquer um.

O principal problema é que este aparelho é certamente focado no mercado corporativo, visto que ele não tem uma tela que atenda as necessidades do consumidor que busca um aparelho para jogar e assistir a vídeos. O teclado deste celular é muito bom, porém as teclas e o layout apertado podem ser complicações para quem tem dedos grandes.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

A falta de apps do BlackBerry Q5 também é algo a ser considerado, pois isso limita as atividades do dispositivo. O YouTube rodar no navegador, por exemplo, é algo inadmissível. Rodar apps de Android é uma alternativa, mas o procedimento de instalação é complicado.

Mesmo com um hardware de boa qualidade, câmera robusta e bateria com muita energia, o gadget acaba não sendo a melhor opção devido ao preço, mas isso é complicado pois há poucas opções de celulares com teclado físico.

Este produto foi cedido para análise pela BlackBerry.

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