Além de Apple e Samsung: há espaço para outras fabricantes crescerem?

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(Fonte da imagem: iStock)

A década de 2010 já está chegando quase na metade. E, pelo menos no mercado de tecnologia, o ano de 2014 vai começar da mesma forma que os últimos: com a Apple e a Samsung brigando pelos melhores postos no mercado internacional. Mas onde estão as outras empresas que fizeram parte da história na década passada? Onde estão as fabricantes que eram líderes indiscutíveis?

Várias delas viram a Apple voltando a arrebatar fãs com a Era Portátil, ao mesmo tempo em que viram a Samsung conquistar terreno em diversas frentes — que partem desde o segmento de smartphones e vão até o mundo dos televisores, passando por diversas outras prateleiras das lojas de eletrônicos; sem citar os investimentos em tecnologia naval e muitos outros ramos, por exemplo.

Será que isso vai continuar dessa forma por muito tempo? Será que ainda há espaço para outras fabricantes crescerem — ou voltarem a ser grandes? Encontrar a resposta exata para isso é difícil, mas podemos fazer algumas análises bem interessantes para tentar encontrar uma previsão bem embasada. Está curioso para saber como isso pode acontecer? Então confira agora mesmo as nossas impressões.

Aviso às concorrentes: o mercado está dominado

Em 2007, a Apple colocou a primeira geração dos iPhones no mercado norte-americano. Aquele não era o primeiro smartphone da história, mas foi o primeiro a fazer com que os consumidores realmente pensassem que os celulares comuns deveriam ter funções diferentes. Em 2010, a empresa fez o mesmo com os tablets, pois mostrou o iPad e fez com que muitos quisessem um novo tipo de tecnologia.

(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

Mesmo não “inventando segmentos”, a empresa de Cupertino é conhecida por reconhecer bons momentos no mercado e também por fazer com que os consumidores percebam as novas necessidades. Foi dessa forma que ela conseguiu atingir a liderança do mercado de smartphones e permanecer lá por vários anos. Até que uma outra empresa mostrou que também era capaz de se adaptar a diferentes momentos.

Samsung: o poder da variedade

Não é raro encontrarmos pessoas que julgam que a Apple é uma empresa elitista. Isso se dá, principalmente, pelos preços que são cobrados por cada um dos aparelhos vendidos por ela. Mas será que isso é verdade? Pois a Samsung possui aparelhos no mercado que custam os mesmos preços dos da Apple, tendo ainda opções que podem ultrapassar esses valores. A diferença está na variedade.

(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

Enquanto a Apple coloca apenas aparelhos de alto desempenho no mercado, a Samsung vai além e mostra que pode trabalhar em diversas faixas de preço. Há smartphones que custam menos de R$ 400 e há alguns que passam dos R$ 2.000. Há tablets com preços diferentes e isso se aplica também a quase todos os mercados em que a empresa coreana atua.

Com isso, a Samsung chegou a números impressionantes no ano de 2013. Como mostra o Daily Mail, se analisarmos os smartphones (somando os aparelhos básicos, intermediários e também os tops de linha), ela chegou ao total de 30,4% dos consumidores — contra 13,1% da Apple.

Consolidação total

Tendo capital suficiente para arriscar, a empresa coreana conseguiu chegar aos consumidores de todas as faixas de poder aquisitivo. Ao mesmo tempo, a norte-americana criou uma base de fãs muito bem consolidada. Pode-se dizer que nos últimos anos elas se enfrentaram em um patamar a que outras fabricantes ainda não conseguem chegar. E isso só tende a aumentar. Não é exagero dizer que as duas praticamente fecharam os olhos dos consumidores para outras marcas.

Mas quem corre por fora?

Você já está cansado de saber que Apple e Samsung são as principais empresas fabricantes de smartphones do mundo. Mas quais seriam as outras fabricantes que merecem atenção? Aliás, será que elas existem? Sim, existem. Depois de perder o mercado de celulares para as concorrentes, a Nokia volta a crescer nessa área, sendo impulsionada pela boa aceitação do Windows Phone — principalmente por criar um ecossistema entre computadores e portáteis.

Não somente a Nokia merece atenção, mas também várias outras que investem no mercado Android — o mesmo que vê 63% de seus aparelhos sendo fabricados pela Samsung. Um estudo do Localytics mostra que todas as outras fabricantes de relevância aparecem com porcentagens semelhantes no cenário internacional.

LG G2: para muitos o melhor da categoria (Fonte da imagem: Divulgação/LG)

Em novembro de 2013, a segunda colocação do segmento de portáteis com Android estava nas mãos da HTC (6,5%) — que é responsável por um dos aparelhos mais elogiados de todos os tempos, o HTC One. Em seguida aparece a LG (5,9%), que mesmo com o LG G2 — considerado o smartphone do ano por várias publicações internacionais — está tendo vendas inferiores ao que era planejado, como mostra o Phandroid.

Outra empresa que pode ser citada é a Sony (5,6%), que ainda não conseguiu emplacar um aparelho no mercado, mesmo mostrando bons resultados com o Z1 em 2013. Por fim, a Motorola (5%) também fica bem atrás da Samsung. A empresa é controlada pela Google e lançou recentemente os dispositivos Moto X e Moto G, com potência e preços atraentes, mas fica longe de ser uma líder no mercado.

Produtos bons, vendas fracas

Todos os aparelhos que acabaram de ser citados são excelentes. Todos conseguiram arrancar elogios em críticas especializadas por todo o mundo, e em muitos momentos eles superaram o Samsung Galaxy S4 e também o iPhone 5S. Mas por que será que eles não conseguem chegar ao topo dos rankings de vendas internacionais? O motivo pode ser muito mais relacionado à psicologia do consumo do que ao produto em si.

Ao longo dos anos, a Samsung e a Apple conseguiram consolidar suas marcas no cenário global, criando uma relação de extrema confiança entre empresas e consumidores. Por essa razão, na grande maioria dos casos estas marcas acabam sendo as primeiras a serem lembradas na hora da aquisição de um novo aparelho.

Nokia ainda corre por fora no mercado (Fonte da imagem: Divulgação/Nokia)

Ao confrontar dois aparelhos de iguais capacidades e preço similar, é bem provável que o comprador escolha a marca que já possui mais credibilidade no mercado — antes era a Nokia, hoje é a Samsung. É confortável optar por uma marca que já tenha uma grande base de clientes, assim como é confortável seguir as tendências — arriscar sempre pode causar alguns medos.

Por mais que consumidores leiam opiniões diversas e positivas sobre os aparelhos de outras fabricantes, na hora da compra a “primeira imagem” — aquele primeiro nome que é pensado na hora de escolher um dispositivo — ainda pesa bastante. Com essa consolidação das marcas, fica difícil fazer com que um consumidor mude de ideia. O marketing é um grande aliado quando bem utilizado.

Previsões de um futuro diferente?

Com base no que acabamos de dizer, a Nokia pode voltar a despontar no mercado em alguns anos. Ela possui uma grande base de fãs pelo que fez na época dos “dumbphones”, e com o Windows Phone conseguiu recuperar um pouco do que havia perdido quanto insistiu em investir no Symbian. É difícil que a empresa supere Samsung e Apple, mas é fato que a Nokia ainda respira.

Quanto às outras empresas mencionadas aqui, a previsão é de um futuro não muito diferente do que temos agora. A HTC deve permanecer sendo uma empresa paralela para consumidores exigentes que se preocupam muito mais com desempenho do que com a marca dos aparelhos. Sony ainda não vê nos portáteis o principal mercado em que atua.

Será que ainda há para onde crescer? (Fonte da imagem: iStock)

As empresas que mais possuem chances de chegar ao pódio são Motorola e LG. Para que isso aconteça, elas precisam continuar fabricando aparelhos de altíssima qualidade (da mesma forma que fizeram em 2013) e com preços interessantes. Se isso acontecer, é possível que os consumidores passem a ver os smartphones dessas marcas como opções interessantes aos aparelhos das fabricantes mais populares.

De outra forma, a Samsung e a Apple nem ao menos precisariam se dar ao trabalho de inovar em seus aparelhos. Apenas a renovação das linhas poderia mantê-las no topo do mercado. A sorte dos consumidores é que as fabricantes sabem que é preciso mudar. Respondendo ao título do artigo: “Há espaço para outras fabricantes crescerem?” Sim, há! Só que ele está já sendo tomado, principalmente pela Samsung.

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