Fazendeiros de cliques ganham R$ 30 para dar mil curtidas no Facebook
Uma página no Facebook que recebe centenas de curtidas repentinamente ou um perfil do Twitter que surge com vários seguidores sem motivo podem ser financiados por uma atividade criminosa: a chamada “fazenda de cliques”.
Uma denúncia feita pelo Channel 4 mostrou as condições de trabalho de funcionários da cidade de Dhaka, em Bangladesh, que ganham cerca de R$ 30 para cada mil curtidas efetuadas em determinadas páginas no Facebook. O rendimento anual não ultrapassa os R$ 250.
Para demonstrar o funcionamento do esquema, o canal criou uma página sobre abobrinhas e, em pouco tempo, conquistou centenas de curtidas que destacaram a publicação falsa.
Quase escravidão
Fora o salário baixo, que é entregue dependendo da vontade do patrão, os trabalhadores passam o dia inteiro (e a noite também) em cubículos individuais, com laterais fechadas por barras de ferro e paredes brancas, além do computador que deve ser utilizado para efetuar os cliques.
Esse processo gera uma popularidade falsa para endereços que não seriam muito promovidos naturalmente, mas pertencem a um desses “empresários”. E ter esses números em alta é algo significativo, já que isso gera um melhor posicionamento do site no Google e faz com que visitantes tenham respeito e consumam o conteúdo produzido na página.
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