Kim Dotcom diz ter uma vida ordinária e pagar para ter conteúdo digital

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(Fonte da imagem: Reprodução/TechHive)

Em entrevista ao Financial Times, o megaempresário e polêmico Kim Dotcom revelou algumas curiosidades sobre a sua vida, mostrando um lado mais pacato e ordinário do que muitos imaginavam dele. Dotcom, famoso após ser preso e acusado de pirataria devido ao serviço de compartilhamento Megaupload, diz que a mídia e especialmente a Justiça americana fazem um retrato dele que não é real.

O empresário, que lançou no começo deste ano o serviço Mega em substituição ao modelo antigo, contou à equipe do Financial Times a sua percepção sobre a decisão da Justiça e o cerco das autoridades à sua casa em janeiro de 2012. De acordo com Dotcom, o seu estilo de vida fez dele um alvo fácil para a Justiça.

Uma mente criminosa

Kim se vê como um exibicionista de gostos extravagantes. A internet está cheia de fotos dele com armas, carros potentes e mulheres seminuas, o que ele acha que facilita a construção de uma imagem dele como vilão. No cerco que o levou à prisão em 2012, as autoridades utilizaram dois helicópteros e 76 oficiais participaram da operação. Para Kim, tudo foi um grande show para retratá-lo como um criminoso perigoso.

Apesar de a prisão ter se assemelhado à operação de captura do Osama bin Laden, Dotcom garante que a sua vida é muito mais tranquila do que parece ser. Quando foi preso, Kim foi encontrado em uma sala que continha uma espingarda, mas de acordo com ele a arma estava em um cofre e registrada no nome de um de seus seguranças. “Eles vieram à casa deste gigante gentil com metralhadoras e cães de ataque”, diz Kim sobre sua natureza não violenta.

Seus downloads são legais

O empresário contou ainda ao Financial Times que nunca compartilhou ilegalmente um filme na internet e que sempre paga por conteúdos digitais na rede. Dotcom diz que já gastou mais de 20 mil dólares na loja do iTunes nos últimos cinco anos e que entende os problemas dos distribuidores que têm seus conteúdos pirateados na internet.

Com o Mega, Kim propõe um serviço de armazenamento e compartilhamento mais seguro, com dados criptografados, que a rigor o isenta de qualquer responsabilidade sobre os conteúdos distribuídos. Isso não significa que o Mega não é utilizado para fins ilegais, mas que Kim e a sua equipe não têm conhecimento sobre o que se compartilha dentro do serviço.

No auge do Megaupload, o serviço de Dotcom chegou a corresponder a até 4% de todo o tráfico da internet mundial e grande parte dos usuários estavam utilizando o canal para baixar ilegalmente filmes, músicas e games da rede. Os advogados de Dotcom insistiam que o prestador de serviço não poderia ser incriminado pela atividade ilegal de terceiros, mas provas mostraram que Kim e sua equipe tinham conhecimento da prática e cometeram cumplicidade intencional na violação de direitos autorais.

Com o Mega, Dotcom espera ficar dentro da lei, ainda que no limite dela, se mantendo cego aos arquivos que os usuários compartilham através do seu serviço de armazenamento na nuvem. Este novo Kim, que se apresenta pacato, sereno e responsável, se diz transformado pela sua família: “A fase de loucura passou. Hoje eu sou um homem de família e estou amando isto. Sou o cara mais tedioso do mundo”. Casado e com cinco filhos, Kim diz que agora quer proteger a sua família, limpar o seu nome por definitivo e reorganizar a sua vida na medida do possível.

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