Regime: conheça a tecnologia que deixa as telas OLED ultrafinas [ilustração]

Imagem de: Regime: conheça a tecnologia que deixa as telas OLED ultrafinas [ilustração]

 

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Você consegue imaginar uma televisão com 55 polegadas e apenas 4 milímetros de espessura? Exatamente, estamos falando de um aparelho que pode ter 1,4 metro de tela, mas ocupando menos de meio centímetro ao ser visto de lado. Assim é um novo televisor apresentado pela LG durante a CES 2013. E, para chegar a esse formato ultrafino, o caminho percorrido foi o das telas OLED.

Mas como essa nova tecnologia consegue transformar as estruturas das televisões a esse ponto? É o que veremos aqui neste artigo. Prepare-se para saber como é o processo de montagem das telas OLED e também veja as diferenças entre elas e as LCD e LED comuns para entender por que nunca veremos uma televisão LCD com essas espessuras reduzidas.

A estrutura das telas OLED

Há várias camadas existentes em uma OLED. A mais básica de todas é o substrato, que é onde toda a estrutura será depositada — ele pode ser composto por lâminas ultrafinas, vidro ou plástico. A primeira camada aplicada ao substrato é o ânodo, que fará a remoção dos elétrons das camadas orgânicas, criando “buracos” elétricos no sistema.

(Fonte da imagem: Divulgação/LG)

Logo em seguida surgem as camadas orgânicas, uma condutora e uma emissora, que serão responsáveis pela geração da luz utilizada para a transmissão das imagens. A condutora é composta por polímeros plásticos orgânicos que transportam os “buracos” do ânodo ao cátodo.

A camada emissora também é criada por polímeros plásticos, mas eles são diferentes dos utilizados na camada condutora. São esses polímeros que transportam os elétrons do cátodo para as outras estruturas e é ali que a luz é gerada. Por fim, o cátodo (que não precisa ser transparente) utiliza a energia elétrica da fonte para injetar elétrons na parte orgânica do OLED.

O que são os “buracos de energia” e por que eles são importantes?

Como você viu anteriormente, a corrente elétrica é levada da fonte de energia até as camadas orgânicas do OLED. E é lá que ocorre o processo de geração de luz (nas suas mais diversas cores), graças ao transporte de elétrons e surgimento dos “buracos de energia”. Mas o que são esses buracos?

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Quando o cátodo envia energia para a camada emissora, o ânodo remove os elétrons da camada condutora e faz com que um espaço vazio (os buracos) fique ali. No contato das duas camadas orgânicas, os elétrons da emissora encontram os buracos na condutora e os preenchem. Com a mudança energética dos polímeros, os elétrons liberam energia na forma de fótons — gerando luz.

A intensidade da luz e a cores dependem diretamente da quantidade de energia aplicada e também dos tipos de polímeros utilizados nas camadas orgânicas. Por essa razão é possível que as telas OLED compostas com diferentes polímeros apresentem resultados díspares em relação à luminosidade e à demonstração de cores.

Por que ela é mais fina que telas LCD e LED?

Existe um motivo muito simples para isso: telas OLED não precisam de estruturas que gerem luz porque elas conseguem fazer isso sozinhas. As telas LCD precisam de backlight, assim como as telas LED — a grande verdade é que televisores LED são feitos com LCD comuns que utilizam uma camada de LEDs para retroiluminação.

Dessa forma, todas as camadas necessárias para a produção das imagens são realmente aplicadas ao substrato. Confira agora algumas das formas de realizar essa instalação dos OLEDs nos displays.

Métodos de montagem das telas OLED

Como já dissemos, as telas OLED trabalham com uma estrutura única em que ocorrem todas as reações necessárias para a produção das imagens. E atualmente há três métodos principais para a aplicação das camadas no substrato. Um deles — pouco eficiente — ocorre por vácuo térmico, em um processo que envolve a evaporação de compostos orgânicos e a sequente condensação deles em estruturas ultrafinas.

(Fonte da imagem: Divulgação/LG)

Outro modo similar de depositar os componentes no substrato é por meio de câmaras de baixa pressão. Gases transportam as moléculas orgânicas evaporadas até os substratos resfriados, e lá eles são condensados em filmes. Por fim, existe o processo de impressão. Nele, os OLEDs são aplicados por meio de um spray nos substratos, barateando bastante o processo.

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É claro que ainda vai ser difícil encontrar os televisores OLED no mercado nacional, pois eles devem levar pelo menos cinco anos para começarem a se tornar populares — isso nos Estados Unidos. Mas vários celulares já possuem a tecnologia, assim como o console portátil PS Vita. E é claro que ainda veremos muitos equipamentos incríveis com as telas criadas com esses recursos.

Gostou da ideia? Então aguarde novidades muito interessantes em relação ao OLED para os próximos anos. Será que teremos televisores ainda mais finos do que os encontrados atualmente?

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