Por que o Linux não exige desfragmentação de disco rígido?

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Para quem está acostumado a utilizar Windows, o processo de desfragmentação do disco rígido já faz parte da vida dos computadores com esse sistema operacional. No entanto, você já parou para pensar por que isso precisa ser feito? Indo um pouco além, o que é fragmentação e o que faz isso acontecer com tudo o que está armazenado em seu PC?

Colecionando livros

Para entender melhor, é como se você tivesse uma estante em sua casa com vários livros alinhados em sequência e sem espaço livre entre eles. Digamos que três deles pertencem a uma coleção em particular, e você passa em uma livraria e compra mais um volume da mesma série. No entanto, como não há espaço para guardar o novo item junto aos que você já possuía, será necessário colocá-lo em outro lugar da sua estante.

Desfragmentação no Windows. (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Depois que a mesma situação acontecer por mais vezes, você vai ter que começar a vasculhar uma área maior até encontrar tudo o que pertence àquela coleção original, pois não havia espaço livre entre os outros livros para armazenar tudo junto. É justamente isso o que acontece em seu computador. Tudo acaba ficando descontinuado.

Os novos “volumes” de arquivos antigos precisam ser salvos em outras seções do seu disco rígido por causa da falta de espaço próximo ao item original. Dessa forma, seu computador precisa vasculhar uma área muito maior até conseguir ler todas as partes da mesma “coleção”. Isso faz com que as coisas comecem a ficar mais lentas, exigindo a desfragmentação do seu HD.

Enquanto isso, no Linux

O sistema de arquivos utilizado pelo Linux (ext2, ext3 e ext4) organiza os “livros” da estante de um jeitinho mais inteligente. Como assim? Ao invés de colocar todos os volumes de uma coleção um ao lado do outro, o sistema deixa um grande espaço livre entre cada item. Dessa forma, quando a coleção original aumentar, haverá lugar suficiente para guardar tudo junto em uma sequência.

O sistema de arquivos do Linux evita fragmentação. (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Com isso, um computador que utiliza Linux consegue “prever” a expansão dos arquivos que já estão salvos. Sempre que algum item for editado e, consequentemente, aumentar de tamanho, sempre haverá espaço para que tudo seja alocado no mesmo lugar. Isso elimina, inclusive, a função de desfragmentação nesse SO e faz com que a busca e o processamento sejam bem mais rápidos.

Adeus, desfragmentação?

Infelizmente, nem tudo é um mar de flores. Apesar de o Linux possuir uma organização que evita a fragmentação, isso não quer dizer que ela nunca acontecerá em seu computador. Com uma utilização normal, esse SO apenas começará a dar sinais de lentidão quando o sistema de arquivos atingir 95% de uso, podendo também começar por volta de 80%.

Mesmo o Linux pode sofrer com fragmentação. (Fonte da imagem: iStock)

Caso você perceba que as coisas estejam lentas demais apesar dos esforços do Linux, pode ser o momento de adquirir um HD maior. No entanto, você também pode copiar todos os arquivos da partição, formatá-la e depois copiar tudo novamente para o mesmo local. Isso faz com que o sistema de arquivos reorganize todos os itens de uma forma mais inteligente, livrando o seu PC da lentidão.

Se mesmo assim você ainda estiver enfrentando problemas por causa de fragmentação no Linux, vale a pela dar uma olhada neste artigo. E, se você souber de outras dicas que possam melhorar o desempenho de um computador, escreva seu comentário.

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