Erro 404: do que sentimos falta dos anos 90?

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Foi-se o tempo em que os adolescentes apaixonados precisavam esperar por horas na frente dos rádios, esperando o momento exato em que “aquela canção especial” fosse tocar para poder ser gravada. Foi-se o tempo dos cartuchos sendo assoprados para que os games pudessem rodar. Foi-se o tempo do “devolva rebobinado”.

Tudo isso é passado, e para alguns de vocês pode ser apenas algo que seus pais diziam. Mas será que sobrou alguma coisa da década de 1990? Mais do que isso... Se a tecnologia que temos atualmente é tão superior, por que sentimos falta dos equipamentos que utilizávamos há 15 ou 20 anos? Nós não vamos responder isso, mas vai ser divertido relembrar o passado. Confira agora mesmo:

“Toca aquela do Xororó”

Hoje em dia, garoto apaixonado manda vídeo de funk do YouTube. Até o final da década de 1990, isso era bem diferente. Eram duas as possibilidades de dedicar uma música para a amada — e você pode ter a certeza de que nenhuma delas era simples de ser realizada. Ou o jovem conseguia ligar para a rádio mais tocada da cidade e pedia a música ao vivo ou ele criava uma mixtape.

"Love Songs 1", "Love Songs 2", "Love Songs 3" e "Baladas" (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

No primeiro caso, era necessário seguir alguns passos: discar para a rádio, conseguir linha com o apresentador que estava ao vivo, pedir a música, torcer para ela existir no catálogo, torcer para ele entender o nome das pessoas envolvidas e, por fim, esperar que a garota também estivesse com o rádio com a emissora em questão sintonizada.

Quando falamos da segunda possibilidade, precisamos nos lembrar de mais uma série de dificuldades. As fitas de rádio não eram muito baratas, as rádios tocavam as músicas na hora em que bem entendiam, as gravações raramente saíam com boa qualidade e, caso todo o universo conspirasse para facilitar a gravação da fita, você dificilmente teria coragem de entregá-la no intervalo da aula de educação física.

Uma saudade: assoprar a fita!

Façamos uma rápida comparação. Quanto tempo levava para você começar a jogar uma partida de futebol do game International Superstar Soccer Deluxe?  E quanto tempo você demora para começar uma partida de FIFA 13? A diferença é mesmo gritante, pois os dois processos (apesar de parecerem semelhantes) são completamente diferentes.

Tente não assoprar a tela (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

No primeiro exemplo, tudo o que alguém precisava fazer era: encaixar o cartucho, ligar o video game, apertar “Start” para pular para o menu, apertar o botão “A” duas vezes e escolher um time. Já no segundo, é preciso ligar o video game, colocar o disco, escolher o jogo no menu, esperar o carregamento, assistir às apresentações, esperar mais carregamento, apertar o botão zzzzzzzz...

Pois é! Os anos 90 levaram embora as fitas de video game. Não existem mais cartuchos. Hoje é tudo por discos ou mídias digitais. O que isso significa? “Mais qualidade de imagens, jogos muito mais complexos e histórias com recursos incríveis” é o que responde o jovem que ainda não viveu e pensa que a vida se resume a efeitos visuais.

Uma foto do mito, só porque ele merece! (Fonte da imagem: Reprodução/Allejo)

A grande verdade, jovens, é diferente... O que realmente faz falta é a facilidade de consertar qualquer problema dos video games com um simples “assoprão”. Pois é: era só assoprar a fita que tudo se resolvia. Isso vale desde jogos travados até imagem ruim. Havia até rumores de que assoprar a fita pode até “trazer o amor em três dias”.

Fita de vídeo? Isso existe?

Quem quer assistir a algum filme geralmente opta por uma das seguintes opções: streaming, DVD, Blu-ray ou cinema. Mas antes do início dos anos 2000, a mídia mais difundida era a fita VHS. Atualmente, há poucas pessoas que ainda utilizam vídeos desse tipo. Tirando aquelas que realmente colecionam VHS, somente os pais que filmaram seus filhos na infância guardam os aparelhos.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Segundo o Departamento Austríaco de Medicina Ortopédica da Coluna, 40% dos casos de cifose ou escoliose juvenil dos anos 90 tinham as fitas VHS como principal causa. O presidente da instituição explica: “Com as locadoras fazendo promoções para que todos levassem mais de uma fita para casa, as mochilas ficavam muito pesadas e acabavam causando problemas para os clientes”.

E não eram só as colunas que eram prejudicadas. Os bolsos também sofriam bastante. Não pelo preço do aluguel de um filme ou dois, mas pela multa que os clientes eram obrigados a pagar a cada vez que se esqueciam de rebobinar uma fita. Não que fosse difícil, mas demorava em alguns casos.

Trívia: se hoje em dia é superdivertido ter um computador com DUAS PLACAS DE VÍDEO, naqueles tempos a grande coisa era ter aparelhos de vídeo com QUATRO... cabeças.

Discos de vinil

Sejamos sinceros, no começo dos anos 90 eles já estavam sendo abandonados. Mas o redator deste artigo coleciona LPs antigos e quis falar sobre isso porque adora falar sobre isso.

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Atenção: este artigo faz parte do quadro "Erro 404", publicado semanalmente no Baixaki e Tecmundo com o objetivo de trazer um texto divertido aos leitores do site. Algumas das informações publicadas aqui são fictícias, ou seja, não correspondem à realidade.

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